Sem que exista realmente a entrega
Dos dois lados do fio.
Por que dá-se a entrega
Não há entrega
Ainda existe entrega?
Não entregamos-nos a si mesmos
Qui sá ao outro
...
Existimos parcialmente cada instante
Cada ser que há em nós
Existe e mata o outro dentro de si
Assim, não vive aqui nem lá
Nem o nós, nem o eu
Quem viveu completamente o seu eu
Quem doou inteiramente a si mesmo
Quem descobriu todas as sua faces
Rasgou todas as suas camadas da pele
Deixando o sangue escorrer em seus olhos e joelhos
Sem que tapasse com um dedo o abismo do seu desespero
Quem?
Mergulhou fundo para torna-se raso
Entregou-se a si mesmo.
Não é entrega, mas simular-se
Atuar conforme o enredo
Quem é real, o que foi real.
O que se expõem se esconde
O que se esconde, esse, se expõem
Mas se expõem a quem
Ao que
É preciso desintegrar-se, para então
Entregar-se ao outro
E integrar totalmente a existência de si.
Cada ser que há em nós
Existe e mata o outro dentro de si
Assim, não vive aqui nem lá
Nem o nós, nem o eu
Quem viveu completamente o seu eu
Quem doou inteiramente a si mesmo
Quem descobriu todas as sua faces
Rasgou todas as suas camadas da pele
Deixando o sangue escorrer em seus olhos e joelhos
Sem que tapasse com um dedo o abismo do seu desespero
Quem?
Mergulhou fundo para torna-se raso
Entregou-se a si mesmo.
Não é entrega, mas simular-se
Atuar conforme o enredo
Quem é real, o que foi real.
O que se expõem se esconde
O que se esconde, esse, se expõem
Mas se expõem a quem
Ao que
É preciso desintegrar-se, para então
Entregar-se ao outro
E integrar totalmente a existência de si.